mardi, mars 11, 2008

labirinto

hoje lembrei das palavras do omar, um antigo professor da universidade, "leia um poema por dia". estava mesmo precisando, de poesia, de verdades e logo que abri o elogio da sombra do borges me deparei com essa. disse o que eu sentia...

labirinto


não haverá nunca uma porta. estás dentro
e o alcácer abarca o universo
e não tem nem anverso nem reverso
nem externo muro nem secreto centro.
não esperes que o rigor de teu caminho
que teimosamente se bifurca em outro,
que obstinadamente se bifurca em outro,
tenha fim. é de ferro teu destino
como teu juiz. não aguardes a investida
do touro que é um homem e cuja estranha
forma plural dá horror à maranha
de interminável pedra entretecida.
não existe. nada esperes. nem sequer
no negro crepúsculo a fera.

1 commentaire:

federix a dit…

No habrá nunca una puerta. Estás adentro
Y el alcázar abarca el universo
Y no tiene ni anverso ni reverso
Ni externo muro ni secreto centro.
No esperes que el rigor de tu camino,
Que tercamente se bifurca en otro,
Que tercamente se bifurca en otro
Tendrá fin. Es de hierro tu destino
Como tu juez. No aguardes la embestida
Del toro que es un hombre y cuya extraña
Forma plural da horror a la maraña
De interminable piedra entretejida.
No existe. Nada esperes. Ni siquiera
En el negro crepúsculo la fiera.