jeudi, novembre 29, 2007

tá acabando

dezembro chegando, aquele momento fim de ano, correria, confraternizações, viagens pra uns, férias pra outros, e só dor de cabeça pra alguns coitados...
esse mês promete muito pra mim. grandes novidades, grandes passos, novos ares...

e pra quem passa por aqui, mais algumas dicas...

. pra ouvir e pra dar de amigo secreto (caso a pessoa não seja muito careta), o recém lançado disco do Siba. tá lindo, intitulado de "toda vez que eu dou um passo o mundo sai do lugar", relembrando da velha máxima de chico science - "um passo a frente e você não está mais no mesmo lugar". o disco assim como fuloresta do samba, traz a ciranda, coco e frevo, e muito bem produzido.

. pra ver, os gêniais filmes que estão em cartaz nos cinemas: "viagem a darjeeling", do mesmo diretor de vida marinha, e na minha opinião ganha de mil desse último. e "jogo de cena", o documentário (ou não?) do diretor eduardo coutinho. filme que emociona e embaralha sua cabeça, muito bem construído.

. shows pro mês: instituto tocando tim maia racional, esse fim de semana no auditório ibirapuera, eu vi no carnaval e pirei, muito bom!; fino coletivo no sesc pompéia dia 12.12, banda carioca dançante, animada, inteligente... que ainda promete.

. festinhas imperdíveis: BENDITA! claro, pra fechar o ano muito bem, e abrir as portas pra 2008 entrar. dia 15 de dezembro.

. livrinho pra ler e também dar de presente no natal: "o dia mastroinni" de joão paulo cuenca. um tipo de bukowski atualizado. bueno!

. e pras demais programações: todos os dias no UIA!

lundi, novembre 26, 2007

da dificuldade de aprender a ensinar

faltando poucas semanas para eu me formar como uma 'arte-educadora', paro pra refletir sobre o ensinar, o aprender, e meus últimos quatro anos universitários.

sobre meus aprendizados, foram muitos, mas sem dúvida muito menos do que eu precisava. mas algumas coisas aprendi bem, principalmente os exemplos de como não ser, tanto como professor, como pesquisador, como pessoa. sem brincadeira. eu tive muitos professores arrogantes, picaretas, egocêntricos, e daí pra baixo...
mas alguns poucos e ótimos exemplos eu também tive, ainda bem. alguns que instigavam, que refletiam, que bagunçavam, como é bom.

mas a boa bagunça tem hora pra acabar? como organiza-la, como buscar nela pensamentos, respostas, caminhos... isso que é difícil.
eu não tenho pretensão agora de passar pro outro lado, de ensinar, ser professora. até acho que essa poderia ser uma forma de organizar as experiências, e encontrar os tais caminhos... mas seria um baita trabalho, já que os aprendizados pra isso, como eu disse, foram menos do que o necessário.
e diante desse não-encontro, ou até mesmo frustração, parti pra outro caminho. um caminho musical e operacional, que tem me instigado e colocado pra frente. pra mim é triste dizer isso, porque minha paixão por educação sempre foi muito grande, e não quero soterrá-la, deixa-la pra trás. preciso reencontra la.

por isso a partir daqui quero buscar as bifurcações e intersecções desses caminhos. aproxima los.
não me deixem desaprender isso....

mercredi, novembre 21, 2007

dicas

nessa época de entregas de trabalhos, apresentações e todas as burocracias que todo fim de ano reune, eu fico um tanto ausente daqui. na verdade nunca fui frequente, mas agora anda ainda mais difícil.

mas deixo umas dicas pra semana:

. pra ver: hoje um lindo show de uma cantora alemã, dota kehr, no teatro x.

. pra ouvir: o som do paulistano pélico. muito bom!!

. pra comprar: festa do livro na usp, quase todas as editoras com 50% pra cima de descontos... de hoje a sexta na geografia, usp.

. pra comer: docinhos e mais docinhos maravilhosos na doceria brigadeiro. hummm

. pra se divertir: um lugar pra jogar jogos de tabuleiro, chama ludus, e ainda é um bar. pra ir com os amigos. tem de tudo lá de cara a cara, war, imagem ação, a montes de jogos gringos que não conheço...

enfim, ouçam, degustem, aproveitem!

mercredi, novembre 07, 2007

depois de bjork, agora é a vez de yoko ono!


artista plástica, musicista e ex-mulher de john lennon.
a artista, que na déc de 50/60 participou do grupo fluxus, importante movimento de vanguarda voltado a arte conceitual, apresenta sua retrospectiva - de mais de 50 anos dedicado as artes.
a mostra acontece no ccbb de são paulo e abre sábado, dia 10.
estão presentes elementos decisivos da carreira da artista, incluindo trabalhos realizados desde a década de 60. são cerca de 80 obras, entre objetos, fotos, filmes, música e instalações.

e fora a exposição ela fará a performance 'Uma Noite com Yoko Ono', no teatro municipal, dia 8, quinta.

sobre sua mudança para os eua aos 19 anos ela diz:
"Quando se vai para o lado oposto do globo terrestre de onde nasceu, você está, na verdade, dando uma cambalhota. Enquanto eu estou de pé, meus amigos estão de pé no Japão, mas de ponta-cabeça! Isso faz diferença, dar uma cambalhota e ver o mundo sob outra posição."

vale conferir!

jeudi, novembre 01, 2007

o que vi, ouvi e senti no tim 07

nem tudo foram flores...
pois é, já começo assim pra deixar claro que apesar de experiências maravilhosas que tive, o tim festival esse ano ficou bem aquém do podia e do que tinha pretenção de ser.


dos preços a produção geral, dos atrasos ao som.. muitos foram os fatores que justificam o que eu disse a pouco.
mas eu realmente prefiro falar das experiências boas...


a performance (ou show?) da Bjork, por exemplo!
um show espetáculo. tudo que eu imaginava da bjork e um pouco mais. uma obra de arte.
primeiro ela, com um figurino louco, dourado, cabelos soltos e balançando sempre a cabeça e correndo de lá pra cá. a direita um nipe de sopros composto por 10 meninas tocando trompas, trompetes.. também com figurinos caprichados e maquiagem à la bjork com olhos puxados; fora as luzes, os raios verdes que pareciam escrever no teto, o instrumento-arte reactable, que participou da exposição FILE (Festival Internacional de Linguagem eletrônica) esse ano em sp...
enfim, uma loucura. e o som era apenas um dos elementos que compunham o espetáculo. um som não orgânico, não muito reconhecido pelos nossos corpos ocidentais, e principalmente brasileiros. o ritmo era quebrado, torto. mas vibrava, e muito, ainda mais no chão de madeira da estrutura do tim, que fazia reverberar até o fio de cabelo. muito bom!
no final ela deixou as mais animadas e o público delirou. quase levam abaixo o chão de madeira com os pulos na música "declare independence".

e ainda o show delícia da Cat Power!!
nossa, que surpresa boa!
eu já gostava do som, tenho os dois últimos cds, mas no palco é outra coisa.
eu defini como um show envolvente. que você está lá por inteiro.
a base, a cama ou a cozinha (chame como queira), é um bluesão impecável, redondo. tudo funciona e flui junto.
e ela com a voz sutil, levemente rouca, não conta com nenhuma contribuição visual, como na bjork, por exemplo. a cat power entra simples, natural, como qualquer menina que pudessemos cruzar num shopping... mas ela cresce no palco, tem uma presença que te anima.
muito, muito bom show.

o Antony and the Johnsons foi emocionante, na verdade até certo ponto, porque a má organização do festival não deixou que o espetáculo fosse inteiramente belo.
ele eu dispenso apresentação, só digo que a sensibilidade e a delicadeza vivem a flor da pele.
mas infelizmente nem o público nem o tim sabem lidar com tamanha delicadeza.
desde o som: baixo, dificilimo de ouvir o piano e o cello; ao público que não parava de falar um minuto. também burrice da organização que coloca um show daquele num espaço tão grande, e pra pessoas que estão no clima 'balada'.
soube que o show no auditório do ibirapuera aqui em sp, foi extasiante. acredito!

bom, pulo para o sábado, já que minha opção por assistir ao antony e cat power, me fez perder de ver os dois showzões do hot chip e artic monkeys no palco ao lado... pena.

sábado em sua grande parte se resume a FUNK!

aquele mesmo, o carioca, que muitos moderninhos e cults abominam, mas que começa cada vez mais a ganhar espaço dentro desse mesmo nicho. o palco do 'funk mundial' trazia alemão, americano e inglês misturando funk carioca com miami bass, house, drum & bass... uma salada com o mesmo objetivo: fazer rebolar. e claro, também os brasileiros: DJ Sandrinho e Malboro, mostrando o que pega nos bailes dos morros. o sandrinho (que tenho produzido atualmente, motivo de eu estar no rio, devidamente encrachazada no tim) é do morro do borel, e é super conhecido na europa e no resto do mundo, enquanto que aqui pro grande público apareceu agora com o tim.

mas o meu sábado 'farra' só começou depois das 4h da manhã quando acabou a labuta. mas ainda assim consegui ver e viver coisas muito legais!

a começar pelo show, balada do Girl Talk! putz, foi foda, mashup na veia. só lembrei do alexandre matias e suas previsões de que mashup é o futuro. que foi o que pareceu. um dj no enorme palco do tim, que pulava mais que qualquer um na platéia, que por sinal foi convidada a subir no palco e ficar até o fim da festa! mesmo com um número não tão grande de pessoas na pista, não havia um que restasse parado!

depois direto pro diplo / malboro - mais uma rebolada

e no fim, pra mim a melhor parte da noite, ou do dia, ou melhor, foi ver o nascer do dia na área central do festival, ao som de clássicos de cartola, roberto carlos, caetano, tom, etc etc! foi lindo demais! depois de toda a loucura, de tanto barulho, de tantos sons, tantas propostas de novos sons, o melhor mesmo foi ouvir pela milhonesima vez aquelas canções lindas que vão ser sempre novas e de quebra todos os cartões postais cariocas juntos, a baía, o pão de açúcar, o cristo e uma lua cheia de matar!....

foi o fim perfeito de duas boas, mas não tão perfeitas noites.

ou o começo, porque como dizem minhas amigas de recife: foi o nosso reveillon antecipado!